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domingo, 8 de abril de 2012

Jornalismo-cidadão chega ao mobile

Grandes grupos midiáticos começam a ficar atentos a possibilidade de jornalismo participativo através de dispositivos móveis. Os ingleses  Chorley Guardian e Leyland Guardian, a TV americana CNN, a paulista EPTV e o baiano A Tarde são exemplos de algumas empresas que oferecem o canal com o usuário. No caso inglês, os jornais do grupo Johnston Publishing, lançaram um aplicativo para iPhone para receber conteúdo, seja texto ou imagem, diretamente para a redação.

A EPTV, filiada da Rede Globo que cobre parte do interior do estado de São Paulo e do sul de Minas Gerais,lançou o aplicativo para iPhone ou do iPad EPNotícia. Na seção VC é a Notícia, o usuário pode utilizar a própria câmera do iPhone ou do iPad 2 para fazer registros e enviá-los para a equipe de jornalismo.

"O serviço VC é a Notícia já existe no website da EPTV, mas quando ele é integrado a um smartphone ou tablet, por meio de um aplicativo, o público ganha um instrumento de uso fácil e manuseio ágil para colaborar com informações relevantes, de interesse público, participando diretamente do processo informativo. Isso aproxima ainda mais o cidadão do veículo de comunicação, e os resultados podem ser positivos na sociedade", explica Christian Marra, diretor da Nethics, empresa responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, ao site Jornalistas da Web.

Batizada de iReport, o canal interativo do aplicativo da CNN para iPhone permite que os usuários façam upload de fotos, vídeos e notícias para a rede de TV. O acesso ao conteúdo do CNN.com e a contribuição, no entanto, tem um custo: US$ 1,99, na App Store.



Na Bahia, o Mobi A Tarde, canal para dispositivos móveis do grupo A Tarde, disponível apenas para assinantes, oferece a seção Cidadão Repórter, já presente no A Tarde Online. Nada de fotos e vídeos, a seção só permite envio de texto para colaboração de pautas.

domingo, 1 de abril de 2012

Capas digitais e edições de domingo

O vídeo abaixo foi feito para simular a capa de uma revista digital de verdade - e, portanto, interativa. Afinal, se a plataforma de um tabblet ou computador permite videos, imagens, links e tantas formas de interação, por que não se valer delas?



 Associando material ao texto publicado, a reportagem passa a se tornar não só mais visualmente interessante como muito mais rica em termos de conteúdo. Não seria possível, por exemplo, atrair mais leitores? Se tanto se diz que as gerações mais jovens lêem pouco porque estão tão acostumadas a estímulos visuais, tornar o bom e velho texto mais interativo se configuraria numa estratégia interessante para atrair esse público.

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A coluna de Elio Gaspari na Folha na semana passada trouxe dados de um estudo que prevê que, em cinco anos, muitos jornais só circularão em papel nas suas edições de domingo. O Times, por exemplo, apresentou alta no número de assinaturas dominicais.

Por ser um dia reservado ao descanso, à interação com a família, o consumo dos jornais em papel nos domingos é quase uma tradição. Há inúmeras famílias que optam por, durante a semana, se pôr a par das notícias por meios eletrônicos. A versão de domingo, entretanto, costuma ser maior e repleta de conteúdos diversificados, feitos especialmente para atrair esse público. Em geral, temas como moda, entretenimento, gastronomia e variedades ganham destaque. O jornal torna-se menos factual e preza por aanálises,artigos e crônicas.

A má notícia trazida por Elio, porém, preocupa. A cada 10 dólares perdidos em publicidade nas edições de papel, apenas 1 é captado para as edições digitais. Isso mostra o quanto ainda é preciso avançar para garantir o sustento e a qualidade das versões online e o mundo de possibilidades digitais que a publicidade ainda não se atreve a explorar.