quinta-feira, 5 de julho de 2012
Link para o produto final
http://issuu.com/victorpinto/docs/papeldigital
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Jornais baianos e a edição digital
O Correio*, em seu site, oferece gratuitamente a edição do dia, toda ela colorida e igual à impressa. Por ter uma diagramação mais clean e inovadora, sua leitura online é simples e não apresenta maiores dificuldades que não o mecanismo de zoom, nem sempre muito eficiente. Edições passadas, entretanto, requerem assinatura do jornal impresso. O plano anual custa R$ 252, uma média de 69 centavos por dia.
Primeira página da edição digital do Correio* |
Nenhum dos dois jornais, entretanto, oferece recursos de interatividade além de som ao mudar de páginas e a opção de se encaminhar para uma página específica.
Primeira página da versão digital do A Tarde |
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Se os robôs fossem jornalistas
A imparcialidade pode ser um trunfo nas roborreportagens. Com objetividade na apuração e no enquadramento da informação, os robôs seriam, ao menos, bons assistentes de jornalistas. Enquanto os aparelhos- ainda- não são capazes de analisar os fatos e produzir textos mais opinativos, eles podem ser úteis em aspectos técnicos e fazer matérias factuais. Por outro lado, como são programados por humanos, os textos da Narrative Science procuram seguir os padrões dos clientes contratados. A produção também leva em conta as preferências do público leitor. Na cobertura de esportes, por exemplo, há mais ênfase às boas jogadas do que aos erros cometidos pelos jogadores.
Apesar da onda de digitalização da mão-de-obra e dos meios de comunicação jornalísticos, há quem pense que a tendência não irá eliminar a presença humana no futuro. O jornalista americano Gay Talese afirmou, ao ministrar uma palestra no Teatro da PUC-SP, durante o 4º Congresso Internacional Cult de Jornalismo Cultural, que "os jornais não vão morrer". "Se contar uma boa história, se for bem escrito, se prender atenção, o jornalismo vai durar para sempre. Os jornais não vão morrer. Há um mercado para a qualidade. Sempre haverá jornalismo de alta qualidade. Talvez seja bom que exista uma ameça, pois o jornalista é forçado a mudar. Meu recado é: não se preocupe, faça o seu melhor", diz. O americano tem uma opinião bastante tradicional sobre a apuração da notícia através de telefone e demais ferramentas tecnológicas. "O jornalismo é ir aos fatos, estar lá, ver você mesmo. Você não pode fazer reportagem pelo telefone, pelo Google. Tem que presenciar se quiser escrever alguma coisa", avalia.
Fontes:
http://www.gizmodo.com.br/por-que-devemos-nos-empolgar-com-a-invencao-de-robos-jornalistas/
http://idgnow.uol.com.br/blog/circuito/2012/05/02/simm-o-software-substituira-o-jornalista-mas-nao-sempre/
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/evgenymorozov/1062594-os-robos-vao-substituir-os-jornalistas.shtml
http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/internacional/50280/os+jornais+nao+vao+morrer+diz+gay+talese
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Aplicativos já substituem o papel das bancas de revista e das livrarias
A empresa age no mercado em parceria com as grandes editoras de livros, revistas e jornais. Além de disponibilizar a biblioteca de periódicos, a Gol Mobile produziu um aplicativo para livros, chamado de "A Livraria".
quinta-feira, 31 de maio de 2012
O impacto sociológico do possível fim dos impressos
Por Victor Pinto
Chaves jornaleiro:
A valorização empregatícia do repórter também foi um marco. Capas e matérias emocionaram e tornaram inesquecíveis graças ao bom desempenho do profissional de jornalismo. As empresas de comunicação tinham motoristas, entregadores, vendedores de porta em porta... As redações eram compostas por inúmeros funcionários.
Quantas pessoas não devem ter se conhecido nesse locais, ao efetuar a compra de uma revista, trocando ideia de uma capa de um jornal ou até mesmo comentando sobre um livro? Famílias podem ter surgido? Vínculos de amizade? Ou o simples fato de uma pessoa solitária conhecer alguém ali, mesmo que não mais a reencontre mais, só por ter conversado, já mudou algo no seu dia? São questões que soam mirabolantes, mas de possíveis impactos.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Como potencializar um tablet como uma máquina de escrever? - O relato de um jornalista
Não estamos falando em transformar o mais novo queridinho eletrônico no ícone do passado, mas quais são as formas de facilitar o uso dessa ferramenta para além da leitura e interação touch? Vamos além: como inserir o tablet no dia-a-dia produtivo de um profissional da informação? À primeira vista, o equipamento leve e dinâmico, revela-se limitado quando se trata da escrita. A limitação da tela gera desconforto, já que estamos acostumados ao espaço e a própria estrutura ergonômica do teclado. Vamos conhecer o caso de alguém que conseguiu, com a ajuda de outros equipamentos, utilizar o tablet como principal ferramenta de trabalho.
Em relato no blog em que escreve, Harry McCracken, repórter da Time e blogueiro do Technologizer, conta como o iPad 2 se tornou seu “computador favorito”. Segundo ele, a transição não foi intencional, quando ele se deu conta, já utilizava o aparelho da Apple como seu item primário de computação.Tudo começou quando o blogueiro estava em uma cobertura de um evento de tecnologia na Alemanha.
Com o Macbook Air e o iPad na mala, McCracken preferiu a segunda opção, por conta da bateria, que suporta até 10h sem recarga. A partir daí, ele começou a adotar o tablet ao invés do notebook. No relato, ele destaca outro ponto que considera favorável ao Ipad. O aparelho diminui as distrações, ao passo que somente a tarefa em andamento fica visível.
iPad 2 e ZaggFolio. Foto: Arquivo Pessoal/Harry McCracken |
Apesar de tudo, ele não se diz completamente adaptado ao tablet. Ele destaca alguns dos desafios à sua produtividade: o que ele fazia com o Photoshop no Mac, por exemplo, exige passos realizados em vários aplicativos diferentes. A precisão do ponteiro do mouse ou a variedade de fontes também não são a mesma coisa para ele quando o assunto é edição de imagem. Já como solução do problema do desconforto para escrever, o jornalista usa um estojo da marca Zagg para iPad com teclado Logitech integrado.
domingo, 8 de abril de 2012
Jornalismo-cidadão chega ao mobile
A EPTV, filiada da Rede Globo que cobre parte do interior do estado de São Paulo e do sul de Minas Gerais,lançou o aplicativo para iPhone ou do iPad EPNotícia. Na seção VC é a Notícia, o usuário pode utilizar a própria câmera do iPhone ou do iPad 2 para fazer registros e enviá-los para a equipe de jornalismo.
"O serviço VC é a Notícia já existe no website da EPTV, mas quando ele é integrado a um smartphone ou tablet, por meio de um aplicativo, o público ganha um instrumento de uso fácil e manuseio ágil para colaborar com informações relevantes, de interesse público, participando diretamente do processo informativo. Isso aproxima ainda mais o cidadão do veículo de comunicação, e os resultados podem ser positivos na sociedade", explica Christian Marra, diretor da Nethics, empresa responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, ao site Jornalistas da Web.
Batizada de iReport, o canal interativo do aplicativo da CNN para iPhone permite que os usuários façam upload de fotos, vídeos e notícias para a rede de TV. O acesso ao conteúdo do CNN.com e a contribuição, no entanto, tem um custo: US$ 1,99, na App Store.
Na Bahia, o Mobi A Tarde, canal para dispositivos móveis do grupo A Tarde, disponível apenas para assinantes, oferece a seção Cidadão Repórter, já presente no A Tarde Online. Nada de fotos e vídeos, a seção só permite envio de texto para colaboração de pautas.
domingo, 1 de abril de 2012
Capas digitais e edições de domingo
Associando material ao texto publicado, a reportagem passa a se tornar não só mais visualmente interessante como muito mais rica em termos de conteúdo. Não seria possível, por exemplo, atrair mais leitores? Se tanto se diz que as gerações mais jovens lêem pouco porque estão tão acostumadas a estímulos visuais, tornar o bom e velho texto mais interativo se configuraria numa estratégia interessante para atrair esse público.
A coluna de Elio Gaspari na Folha na semana passada trouxe dados de um estudo que prevê que, em cinco anos, muitos jornais só circularão em papel nas suas edições de domingo. O Times, por exemplo, apresentou alta no número de assinaturas dominicais.
Por ser um dia reservado ao descanso, à interação com a família, o consumo dos jornais em papel nos domingos é quase uma tradição. Há inúmeras famílias que optam por, durante a semana, se pôr a par das notícias por meios eletrônicos. A versão de domingo, entretanto, costuma ser maior e repleta de conteúdos diversificados, feitos especialmente para atrair esse público. Em geral, temas como moda, entretenimento, gastronomia e variedades ganham destaque. O jornal torna-se menos factual e preza por aanálises,artigos e crônicas.
A má notícia trazida por Elio, porém, preocupa. A cada 10 dólares perdidos em publicidade nas edições de papel, apenas 1 é captado para as edições digitais. Isso mostra o quanto ainda é preciso avançar para garantir o sustento e a qualidade das versões online e o mundo de possibilidades digitais que a publicidade ainda não se atreve a explorar.
domingo, 25 de março de 2012
O que é ISSUU?
Nesta revolução do papel digitalizado, já exposto nos textos anteriores, à demanda na rede de programas e sistemas que servem de plataforma para a disponibilização do material é diverso. Dentro deste universo, além da existência de aplicativos pagos, mais rebuscados, utilizado principalmente pelos grandes jornais impressos para seu sistema de assinaturas on-line, existem plataformas gratuitas que servem de depósito virtual.
Uma destas empresas na internet que servem de biblioteca de acervo do papel digital de revistas, jornais, folders, cartazes, cartilhas é o ISSUU. O site é em inglês, mas é de fácil manuseio e existem publicações de todas as partes do mundo. A plataforma é apoiada pela Sunstone Capital e seus escritórios ficam em Nova York e Copenhague. Os arquivos, na plataforma, têm suas privações: além de só comportar formatos DOC, PDF, ODT e apresentações de PowerPoint, podem ter um limite de até 500 páginas e um tamanho de 100MB. Entretanto, um usuário, que precisa se cadastrar para postar documentos, podem enviar a quantidade de arquivos que quiser.
"O Issuu, serviço de publicação de livros e revistas na internet, tem como principal vantagem a sua interface, que se aproxima do estilo de folhear uma revista. As páginas são abertas em par, mantendo também, em muitos casos, os objetivos de design do criador do conteúdo. Além disso, ao passar o mouse na parte inferior das páginas, é possível visualizar pequenas amostras das folhas anteriores e das próximas, o que agiliza a localização visual do conteúdo. Outro ponto forte está na organização dos livros e revistas adquiridos pelo usuário, que são mostrados em estantes, com um visual bastante estiloso". (COSTA, Eric. INFO Exame)
# Como publicar no ISSUU?
Segundo o texto institucional do site, a sua missão é:
"Capacitar os indivíduos, empresas e instituições para publicar os seus documentos em todas as plataformas digitais. Issuu é a plataforma de publicação de crescimento mais rápido digital do mundo, mas também um local de destino muito popular onde as pessoas estão se envolvendo com as melhores publicações da web e onde os editores constroem a sua visibilidade. Muitos profissionais optam por Issuu Pro com potência de publicação adicional". (About ISSUU)
Issuu Mobile for iPhone and iPod Touch from Issuu.com on Vimeo.
No campo jornalístico, o ISSUU serve, inclusive, para a propagação de trabalhos com formatos de impressos, mas que não vão às gráficas. Podem facilitar a construção de um jornal ou uma revista que circulam somente no meio on-line.
Como exemplo, a faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia é uma instituição de ensino jornalístico que utiliza constantemente os serviços de visualização do ISSUU. Utilizamos os trabalhos da FACOM como exemplo de demonstração das publicações.
JORNAL DA FACOM – 2011.2
REVISTA LUPA – Edição 7
Referências:
ABOUT ISSUU. Disponível em: < http://issuu.com/about > Acesso em: 25 de mar. de 2012
COSTA, Eric. Avaliação INFO. Disponível em:
< http://www.info.abril.com.br/downloads/webware/issuu > Acesso em: 25 de mar. de 2012
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia da comunicação. São Paul: Cosac Naif, 2007.
Vídeos: You Tube
quarta-feira, 21 de março de 2012
Banca virtual da Abril libera downloads gratuitos
Divulgação |
Reprodução |
domingo, 18 de março de 2012
Do papel para o digital
sexta-feira, 16 de março de 2012
A Britânica também se rende
Ao jornal New York Times, o atual presidente da companhia afirmou que a decisão foi difícil, mas necessária diante dos novos tempos.
"É como um rito de iniciação nesta nova era. Muitos se sentirão tristes e nostálgicos por isso, mas agora temos uma ferramenta melhor. O site está constantemente atualizado, é muito mais extenso e tem conteúdos multimídia"Por muito tempo, as enciclopédias foram uma representação de todo o conhecimento existente no mundo. Nos anos 50 do último século, ter uma edição completa da Britannica era sinal se status. Muitas famílias de classe média faziam um esforço para que a compra coubesse no orçamento e orgulhosamente organizavam os diversos volumes na estante da sala.
Sem o Google, não havia outra maneira de fazer pesquisas ou trabalhos escolares. Era preciso abrir os pesados livros e procurar por informação nos verbetes. Embora soe um pouco estranho para as gerações atuais, as enciclopédias em geral - e precisamente a Britannica - eram um símbolo de conhecimento e intelectualidade. Em sua coluna na Folha, o jornalista Clóvis Rossi relata um pouco dessa história.
"Eu não li toda a Britânica, mas sou de um tempo em que ela realmente era um símbolo poderoso de conhecimento ou, mais precisamente, de busca de conhecimento. Na minha adolescência, era meio que obrigatório para as famílias de classe média-média, como a minha, comprarem todos os volumes (hoje, são 32), vendidos de porta em porta."Hoje, a Britannica é praticamente um artigo de luxo. Uma edição completa custa cerca US$1.400. Uma assinatura anual online, entretanto, custa meros US$70.
Em coluna na Folha, o criador do site Porto Digita e cientista do C.E.S.A.R, disse que a decisão é um marco para a indústria analógica de texto e necessária para a Britannica.
"Seu principal e muito mais usado concorrente, a Wikipedia, nunca teve uma versão em papel e é atualizada na velocidade das ocorrências e descobertas. O tempo, na rede, é diferente -e muito mais rápido- do que no papel."
O novo contexto da Britannica repercutiu entre os jornalistas e na tão velha discussão sobre o fim do jornalismo impresso. Se até a mais famosa enciclopédia do mundo, com 244 anos de história, se rende à versão digital, o que será dos jornais e revistas?
Na abertura do curso de jornalismo do El País, na Espanha, a jornalista Soledad Galego-Díaz afirma que a discussão tem que ser muito mais abrangente que o simples fim do papel.
"O problema não é se segue existindo jornal em papel ou em tablets. O problema é o que é o jornalismo nessa nova época, como é afetado por essas novas ferramentas e se estas podem deteriorar ou romper as regras básicas da nossa profissão. Para mim tanto faz o papel ou o tablet. O que faz diferença é se continuará existindo jornalismo."
Links sugeridos:
- Blog Media Decoder, do New York Times (em inglês)
- Discurso completo de Soledad Díaz: "Si te van a matar, no te suicides" (em espanhol)
- Site da Britannica